Chapa única recebeu 103 votos e elegeu também oito vice-presidentes; nova gestão prioriza calendário, fair play financeiro e fortalecimento do futebol feminino
Samir Xaud foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo (25), para um mandato de quatro anos, de 2025 a 2029. A eleição ocorreu na sede da entidade, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de 46 eleitores. A chapa “Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização”, única inscrita no pleito, recebeu 103 votos.
Além do presidente, também foram eleitos oito vice-presidentes: Ednailson Rozenha, Fernando Sarney, Flávio Zveiter, Gustavo Henrique, José Vanildo, Michelle Ramalho, Ricardo Gluck Paul e Rubens Angelotti. Também foram escolhidos os novos membros do Conselho Fiscal: Simon Riemann, Eduardo Rigotto e Frederico Pedrosa (efetivos), e Francinaldo Barbosa, Manoel Neto e Rodrigo La Rosa (suplentes).
Em seu primeiro discurso como presidente, Xaud destacou como prioridades da nova gestão a reformulação do calendário do futebol nacional, com reorganização dos campeonatos estaduais para no máximo 11 datas, e o fortalecimento do futebol feminino. O novo presidente também anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a implementação do fair play financeiro, além de manter diálogo aberto sobre a criação de uma liga nacional.
A nova diretoria pretende ainda retomar projetos sociais como a Taça Indígena e implementar ações de combate ao racismo e à discriminação. Xaud também enfatizou a importância da sustentabilidade ambiental e da valorização das raízes culturais da região Norte, sua terra natal.
A eleição marcou a primeira vez que a sede da CBF utilizou urna eletrônica. Embora o sistema permitisse voto à distância, todos os votos foram registrados presencialmente por clubes e federações.
Durante o pronunciamento, Xaud mencionou seu antecessor, Ednaldo Rodrigues, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, destacando o respeito às gestões anteriores e à pluralidade de ideias no processo eleitoral.