Carne de frango e suína puxam alta nas vendas externas; setor representou quase 65% de tudo que o estado exportou

As exportações do agronegócio catarinense somaram US$ 7,57 bilhões em 2024, representando 64,9% do total das exportações do estado, que chegaram a US$ 11,66 bilhões. O destaque do ano foi a pecuária, com as carnes de frango e suína liderando os embarques. Os dados constam na 45ª edição da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, elaborada pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
Segundo o Observatório Agro Catarinense, seis setores concentraram quase 94% do valor exportado pelo estado. Entre eles, destacam-se as carnes (54,8%) e os produtos florestais (25,2%). Os principais itens embarcados foram carne de frango, carne suína, madeira, soja em grão, papel e fumo juntos, responsáveis por 88,1% do valor total das exportações do setor.
A carne suína registrou o maior crescimento do ano, com alta de 8% em relação a 2023, atingindo US$ 1,69 bilhão. Já a carne de frango, principal item da pauta de exportações, somou US$ 2,29 bilhões, com leve aumento de 0,2%.
O bom desempenho é atribuído à qualidade sanitária da produção catarinense e à ocorrência de problemas sanitários em outros países. De acordo com Alexandre Luís Giehl, analista da Epagri/Cepa, o controle rigoroso da cadeia produtiva garante confiança internacional e mantém Santa Catarina como referência global em proteína animal.
Em 2024, surtos de peste suína africana e gripe aviária em outros países impulsionaram a demanda por carnes produzidas em regiões com controle sanitário. Como reflexo, as exportações de carne suína catarinense para as Filipinas cresceram 48%, e os embarques de carne de frango para o Japão aumentaram 25%.
Principais destinos
A China e os Estados Unidos foram os principais compradores do agro catarinense em 2024, respondendo juntos por 28,6% do total exportado. A China ficou com 15,6% das vendas, e os EUA com 13%. Outros países de destaque foram Japão (8,2%), Filipinas (6%), México (5,9%) e Chile (4,3%), consolidando a presença catarinense em mercados estratégicos da Ásia e das Américas.

Fonte: Epagri/SC