Um homem acusado de matar a tiros um pai de família em Xaxim, foi condenado a 23 anos de reclusão em regime inicial fechado. O julgamento ocorreu na última segunda-feira (28), no Tribunal do Júri da comarca local, e terminou com a condenação do réu por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo e munições e corrupção de menores.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), representado pelos promotores de Justiça Kelly De Marco Deparis e Edisson de Melo Menezes, os jurados acolheram a acusação de que o crime foi motivado por vingança ligada a facções criminosas. O homicídio aconteceu na noite de 30 de dezembro de 2019, no bairro Santa Terezinha.

De acordo com a denúncia, o réu, um comparsa e um adolescente planejaram o ataque. Por volta das 21h40, eles se aproximaram da residência da vítima, um homem de 34 anos, que estava em casa com os filhos, tomando chimarrão. De forma repentina e sem chance de reação, os agressores dispararam contra ele, causando sua morte por traumatismo cranioencefálico, conforme constatou o laudo pericial.

Após o crime, os envolvidos fugiram do local gritando uma frase que indicava ligação com o conflito entre organizações criminosas. Além do assassinato, foi comprovado que os três portavam ilegalmente armas de fogo e munições pelas ruas da cidade.

O homicídio foi qualificado por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendida em um momento de lazer com a família. A Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade e determinou a execução imediata da pena, com base em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda cabe recurso da sentença.

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